segunda-feira, 13 de junho de 2011

De dentro pra fora

Agora eu queria fazer uma canção... Cantar minha dor, meu amor ou simplesmente cantar só pra desafinar, e, no meu desafino, sentir o meu corpo afinar...
Eu queria que as lágrimas corressem na minha face, molhassem meu peito...
Agora, é como se eu olhasse de dentro do sepulcro e visse minha vida: Só tem passado. Não tem mais sonho de amanhã e nem mais fontes de sonhar...
Ah!...
Eu queria dar um grito e acordar o mundo ao meu redor... Queria me assentar no monte mais alto que existe pra ninguém me tocar...
De repente, dá vontade de sujar na poeira vermelha, de se esconder no mato, de se molhar na poluída água do ribeirão ou simplesmente esperar que a dama negra venha para irmos juntos pela estrada num passeio noturno...
Numa noite que nunca terá amanhecer

21/04/1986

Nenhum comentário:

Postar um comentário